quarta-feira, 25 de março de 2009

Tutti-frutti










“uma menina de peitos desafiadores, com vários centímetros de pele pedindo mãos e língua. falo com ela, hipnotizada, sonhando com os mamilos que eu queria morder, encher as mãos com aqueles peitos de menina, olhar a surpresa no rosto dela de ver seu corpo tocado por outra mulher, vê-la derreter-se nas sutilezas e delicadezas de lábios tão doces quanto os dela, os olhos fechados de medo e - quem sabe? - modéstia. ela certamente resistiria aos meus avanços para a barriga dourada, mas eu abriria o botão devagar, pedindo calma e paciência. nada, nada vai acontecer sem que ela queira, absolutamente nada. eu experimentaria primeiro o toque por cima do tecido da calça, com meus dedos, pra que a curiosidade aparecesse. sei que ela se mexeria, tentaria se afastar, se esfregaria sem querer. minha língua poderia se insinuar nas dobras do tecido enquanto de leve eu me livraria das roupas dela, mas não sem deixar a calcinha de algodão, de menina. o cheiro dela eu posso adivinhar: aquele cheiro de mar e de verão, quente. mas não posso ir tão rápido, eu preciso deixá-la tranqüila, é preciso que eu massageie suas pernas, seus pezinhos, com leves beijos e toques firmes, ela precisa se sentir segura. as pernas, a bunda, seus quadris, minha pele esfregando na dela sempre, pra que ela sinta como é ser tocada por uma igual. mas sim, eu sentiria o cheiro dela através da calcinha, esfregando meu rosto, meu nariz, morderia de leve por cima do tecido e só então a beijaria, meus peitos contra os dela, um beijo de entrega e doçura, uma promessa. sei que ela esfregaria a buceta coberta pela calcinha nas minhas pernas, implorando carícias, e eu saberia que ela está pronta. poderia finalmente saber, provar, sempre com a ponta da língua e brincando com a calcinha dela, vendo seus olhos se fechando cada vez que eu fechasse meus lábios num beijo melado no seu clitóris, como quem chupa uvas, até a última gota. ela gozaria quase em choro, sem entender nada, pedindo por favor que pare, que não pare. ela sorriria.”

lorelei

TOQUE-ME












Pegue-a pelas mãos, sente-a numa cadeira, sirva uma taça de licor de cacau misturado com licor de cassis e calda de chocolate.

Olhe bem no fundo dos olhos dela, beije seu pescoço, desça a língua, tire a roupinha dela, mas a deixe de lingerie. Aperte, friccione, passe o narizinho pelo seu colo e barriga, sopre seu umbigo. Volte a boca úmida para o colo, aperte seu corpo no dela.

Densamente.
Arranhe suas pernas, chegue com as mãos até perto da vulva. Não toque a VULVA.
Aperte os quadris e, sempre que possível, olhe no fundo dos olhos dela.

Não beije sua boca. Deixe-a sedenta, estremecendo.
Mãos no quadril, olhos nos olhos.
Apalpe a vulva dela ainda com a calcinha.
Simule. Sempre faça quase tudo.
Deixe-a sentindo, imaginando e pedindo.
Morda delicadamente a vulva dela ainda com a calcinha e depois, imediatamente, a beije.
Beije-a em línguas e umidades, sinta o gemido, a tremida do corpo cedendo…
O restante a gente fecha a porta e faz.

Mulheres mais táteis enlouqueceriam com toques parecidos e MELHORES que estes…

Srtª D.V.

http://www.uvanavulva.com.br/

quinta-feira, 19 de março de 2009

" lingua de fogo"





“Com cuidado, depois cada vez mais freneticamente, torno a explorá-lo, coroado de uma virgindade desprezível e magnífica. Ele quer isso. Não tenho Driss nem a cenoura de Bornia na mão. Pego-o e colho-o, severa. Ele pede mais. A extremidade do clitóris desponta, solta, como uma língua de fogo. Sucumbo. Quero isso. Quero a mim. Com o polegar, provoco a ereção sublime. Meu clitóris se escora no indicador caridoso e compreensivo que sustenta sua rigidez. Sua embriaguez. Comprimo essa massa de água e fogo para puni-la. Meu sexo me venceu. Está feliz e vibro até os dedos dos pés com sua felicidade. Mais que tudo, é a superfície macia e branca que me emociona. Gozo com e por esse sexo nu que caçoa de mim. Ele é tão lindo que compreendo que queiram enfiar a língua nele. Não me masturbo: faço amor com o bicho abençoado que goza sem vergonha nos meus dedos. Ele não pára de escorrer e eu de lhe dizer: “Mais... Mais.” É de morrer de rir: apaixonei-me por minha própria boceta. Em uma noite, dei um passo de sete léguas, atravessei o espelho para finalmente me encontrar”.


“A Amêndoa – Memórias eróticas de uma mulher árabe”

Escrito

“Cada boceta traz, desde que nasce, os nomes de quem vai comê-la”.


“A Amêndoa – Memórias eróticas de uma mulher árabe”

Necessidade







“Uma boceta tem mais necessidade de duas picas que uma pica de duas bocetas”.


“A Amêndoa – Memórias eróticas de uma mulher árabe”

AMÊNDOA - Nedjma









A felicidade? É fazer amor por amor. É o coração a ameaçar rebentar de tanto bater, quando um olhar único se fixa na tua boca, quando uma mão te deixa um pouco do seu suor na dobra do joelho esquerdo. É a saliva do ser amado que desliza na tua garganta, açucarada e transparente. É o pescoço que se alonga e se liberta das suas fadigas e dos seus nós e se torna infinito porque há uma língua que o percorre a todo o seu comprimento. É o lóbulo da orelha que pulsa como um baixo-ventre. É o dorso que delira e inventa sons e estremecimentos para dizer «amo-te». É a perna que se levanta, aprovadora, as calcinhas que tombam como uma folha, inútil e incómoda. É uma mão que entra na floresta dos cabelos, acorda as raízes da cabeça e as inunda, generosa, com a sua ternura. É o terror de dever abrir-se e a inacreditável força de se oferecer, quando tudo no mundo é pretexto para choro. A felicidade é Driss rigído pela primeira vez dentro de mim e as suas lágrimas escorrendo-me pelo ombro. A felicidade era ele. Era eu.
O resto não passava de fossa comum, de vazadoiro público.'

terça-feira, 17 de março de 2009