segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

a buceta se abrindo

Eu queria escrever a minha língua no seu corpo.
Queria que você tirasse a minha calcinha, úmida por baixo da saia, e se escondesse ali, me chupando deliberadamente.
A sua língua escrita no meu corpo, molhando a boceta que já estava molhada. Levando e trazendo o hálito quente, não sem antes me torturar com a ponta dos seus dedos.
Eu adoro os seus dedos. Sua mão me toma e me esquenta assim, como quem faz sem perceber. E eu sei que percebe. Muito mais.
Sem me tirar a blusa, você brincava com os bicos dos meus seios, eretos, acesos, tesudos.
Eu só conseguia gemer e, como que por reação, rebolar os quadris devagar enquanto cada uma das suas mãos brincava numa parte do meu corpo.
Imaginava se o seu pau já estaria duro, como eu gostava. Mas não te toquei. Queria que você enlouquecido de vontade de me comer sem eu te encostar a mão. Ou a língua. Ou a boca.
Sabia o tempo todo que ia me provocar e endurecer pra mim.
E eu queria tanto o seu pau!
Sentia sua mão melando minha vulva, entrando e saindo dela para levar o começo do gozo até meu grelo, duro, rosado, sedento. Sentia o seu toque no seio, no bico. Ora por cima, ora por baixo da blusa de algodão, sem o sutiã que você se apressara em tirar.
Atrás de mim, sussurrava no meu ouvido, em tom de comando: "Rebola, delícia. Quero ver esta bunda gostosa mexer".
Eu tinha certeza que seu pau estava tão duro quanto minha boceta estava melada. Sem nenhum outro toque, te empurrei para que se sentasse na cadeira atrás de nós, não sem antes descer seu short e encostando, intencionalmente, seu pau ereto na minha bochecha. Senti que a cabeça dele também estava molhada e o seu cheiro me perfumou as narinas. Resisti à tentação de te enfiar inteiro na minha boca e arrancar o gemido que eu adorava.
Te sequei, de camiseta, sem short e sentado na cadeira me fodendo com os olhos. Subi a saia e a blusa, mas não tirei nenhuma das peças.
Me aproximei, abri as pernas e fui me ajeitando sentada em cima de você. Mas não te deixei meter seu pau em mim. Sentei de um jeito que só esfregava nele meu sexo, fervente e arreganhado. Com a blusa suspensa, podia trazer as suas mãos até os meus seios e fazer você me tocar. Você me olhava, respirando descompassadamente e eu comecei a te lamber a língua. Não era um beijo. Você, de língua pra fora, e eu, lambendo-a como se fosse o seu pau.
Tirei suas mãos dos meus seios e as segurei atrás da cadeira. A saia levantada não te deixava ver minha boceta se abrindo, então me levantei e, de costas para você, me abaixei para tirar a saia.
Voltei a segurar as suas mãos e sem ensaio, ajeitei a cabeça melada do seu pau, para sentí-lo me comer. Fui sentando, enfiando-o em mim. Quente, latejando. Você se desencostou um pouco da cadeira para poder meter em mim mais rápido. Não queria esperar. Queria me fuder por ter te provocado tanto. Soltou as suas mãos e me segurou as ancas para que o pau entrasse mais fundo. Me olhou com ar desafiador, como quem dizia para sair dali se fosse capaz. Disse apenas: "Me engole com essa buceta. Vem." Eu obedeci.
Trazia o quadril para a frente e levava o quadril para trás. Tirei as suas mãos das minhas ancas e votei a imobilizá-las. Me apoiava nelas para tomar impulso e mexer. Pra frente, pra trás, pra frente, pra trás. Levantava um pouco, deixando seu pau sair quase que por inteiro de dentro de mim. Mas não, totalmente. Deixava a cabeça e mexia devagar. Depois sentava de novo e mexia um pouco mais.
Aumentei o ritmo, levantando e sentando no seu pau; podia senti-lo latejar dentro de mim. Você gemia e me falava obscenidades. "Gosta de sentar no meu pau, né tesuda? Senta gostoso, senta."
Rapidamente me levantei e saí de cima de você. Virei de costas para que você olhasse a minha bunda. E, de novo, sentei. De bunda pra você, com as pernas fechadas no meio das suas. Você me olhava os movimentos da bunda e me comia por trás. Me segurava os seios e me fazia abrir as pernas pra me tocar o grelo cheio da sua porra.
Enlouquecidos, nos comíamos. Parei com as pernas abertas pra que só você se mexesse e enfiasse o pau em mim, à sua vontade. Você se apoiou nas laterais do acento da cadeira e começou a meter o que ainda conseguíamos.
Acelerava e metia. Acelerava e metia mais.
Eu gemia cada vez mais alto, num tom quase choroso. Não aguentava mais o tesão e pedi pra você gozar e me melar toda. E você veio com tudo. Me fez gozar. Gozou em mim como nunca.
Eu me contraía pra você. Por você. Você urrava e queria.
No final do gozo, me mordeu o ombro e me abraçou as costas sem sair de mim. Me tocou os seios de leve.
Eu, ofegante pelo gozo contraído me recostei no seu tórax e falei baixinho: "Adoro quando você me come."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Lilith, a mal comida












Lilith era sexualmente fria, e seu marido em parte o sabia, apesar das simulações dela… Eles estavam sentados ali, juntos, e ele a olhava com uma expressão de suave tolerância, a mesma que costumava manter diante das crises dela, crises de egotismo, de autocensura, de pânico. A todos os seus dramáticos comportamentos, ele respondia com inabalável bom humor e paciência.Ela sempre enfurecia-se sozinha, irritava-se sozinha, suportava sozinha suas intensas convulsões emocionais, das quais ele nunca participava. Possivelmente, tratava-se de um símbolo de tensão que não ocorria entre eles sexualmente. Ele recusava todos os seus primitivos e violentos desafios e hostilidades, recusava-se a entrar com ela nessa arena emocional e a reagir à sua necessidade de ciúmes, temores, conflitos.Talvez se ele tivesse aceitado seus desafios e jogado os jogos que ela gostava de jogar, talvez então ela poderia ter sentido sua presença com um impacto bem maior do que o meramente físico. Mas o marido de Lilith não conhecia os prelúdios do desejo sensual, não conhecia nenhum dos estimulantes que certas naturezas selvagens reclamam e, desse modo, em vez de responder-lhe tão logo visse seus cabelos se eriçarem, seu rosto mais vívido, seus olhos como duas tochas de fogo, seu corpo inquieto e impaciente como o de um cavalo que aguardasse o início da corrida, ele se refugiava atrás do muro da compreensão objetiva, dessa tranqüila e irritante atitude de aprovação com a qual as pessoas olham para um animal no zoológico e riem de suas momices, sem penetrar em seu estado interior.

Era isso que deixava Lilith num estado de isolamento - na verdade, como um animal selvagem em pleno deserto. Quando ela se enfurecia e sua temperatura subia, o marido simplesmente deixava de existir. Ele mais parecia uma branda divindade que a olhasse dos céus e aguardasse que sua fúria se exaurisse por si mesma.

Se ele, feito um animal igualmente primitivo, surgisse na outra extremidade desse deserto, encarando-a com a mesma tensão energética nos cabelos, na pele e nos olhos, se surgisse com o mesmo corpo selvagem, pisando fortemente e procurando um único pretexto para dar o bote, enlaçar-se furiosamente, sentir o calor e a força de seu oponente, então eles poderiam rolar juntos pelo chão e as mordidas poderiam tornar-se de outra espécie, e a luta se transformaria num abraço, e os puxões de cabelo fariam com que suas bocas, seus dentes e suas línguas se unissem.

E, devido à fúria, seus órgãos genitais se roçariam mutuamente, soltando faíscas, e os dois corpos sentiriam a necessidade de penetrar um no outro para pôr um fim nessa formidável tensão.



Anais Nin