Homens são péssimos em chupar xoxotas. Não porque eles não 
gostem, mas porque é mesmo muito foda fazer isso direito. Você tem que 
aprender. Chupar bem é a chave de quase tudo nessa vida (inclusive para 
ser bem chupado depois). Então, essa é a hora de dominar essa técnica.  
Assim.
O segredo pra chupar bem é ler os sinais. Você pode ser o melhor 
técnico em sexo do mundo, mas se não souber decifrar os sinais pelo 
caminho vai acabar perdido numa terra improdutiva de lábios vaginais até
 cair de exaustão, morto, com lágrimas de frustração escorrendo pelo 
rosto.
Pense na chupada como uma maneira de dizer, “Apesar de estar querendo
 te arregaçar por dentro, meus sentimentos por você são nobres”. Ao 
invés do “AAAAAI” que ela normalmente solta, como se tivesse vendo seu 
bebê ser atropelado por um caminhão, o cunilíngua gera um murmúrio mais 
“AIAIAIAIAI”. Mais ou menos igual à reação que ela teria ao receber  uma
 massagem com frutas exóticas de um sheik árabe gostoso. Uma boa chupada
 equivale a mil anos de sábados consecutivos e parece uma daquelas 
propagandas felizes de telefonia celular.
Então preste atenção.
1) Curta
Não faça nada se não estiver a fim. Diferente de um boquete, 
uma chupada de xoxota nunca pode ser feita como um favor. Fazê-la sem 
vontade não trará bons  frutos. Chupe como um porco chafurdando e várias
 mancadas serão perdoadas.
2) Não deixe a fonte secar
Uma xoxota seca é uma xoxota triste. Se seus dedos encontraram 
um ambiente seco, volte aos beijinhos e abraços por mais um tempo. 
Certifique-se de meter os dedos por entre os lábios. Às vezes o 
molhadinho fica preso entre eles, e uma simples intervenção é o 
suficiente para fazer o mel pingar.
Quando tiver certeza que está tudo bem molhado, dê umas batidinhas 
safadas ali com o dedo. Nada pode ser pior que ter pressa, então, antes 
de cair de boca, certifique-se de que ela está a ponto de implorar por 
isso.
Dica amiga: Seja como o Prince e ofereça seu dedo lambuzado para vocês compartilharem como um milk-shake com dois canudos.
Importante: Não vá queimar seu záp antes da hora 
enfiando  o dedo inteiro. Isso pode acabar com qualquer expectativa da 
penetração. Lembre-se que 78% do prazer feminino está no tesão de 
esperar. Meter o dedo antes da hora pode acabar com o fogo.
3) Missão submarina
Assim que ela estiver espumando, é hora de descer. Mantenha os 
dedos longe dali e não toque em nada por enquanto. Se esfregue um pouco e
 mande uma chupada no pescoço como se estivesse se despedindo antes de 
ir viajar.
Apesar da tentação de puxar as cobertas por cima da cabeça enquanto 
você vai descendo, esta é uma péssima ideia. Fica quente pra caralho lá 
dentro e você não quer começar a sufocar dez segundos antes dela gozar 
porque quebraria o clima.
Comece dando beijinhos nos peitos e na barriga enquanto desce 
devagar. Só não vá se perder nas tetas – isso é algo que você já deveria
 ter feito antes de tirar as calças dela. Agora é se concentrar na 
barriga  e nas coxas. Umas mordidinhas são bem vindas, mas o mais 
eficiente é começar pela altura dos joelhos e subir em direção à xoxota 
em um movimento lento, mas tenaz, como um tubarão. Lamba tudo, até 
chegar ao limite. Ignore o foco e repita o movimento na outra perna. 
Isso vai deixá-la louca de tesão e economizar um bom tempo de atividade 
oral.
Quando estiver pronto para a missão, pratique um pouco naquela dobra 
estranha ao lado dos lábios. Só não passe muito tempo ali, ou ela pode 
pensar que você acha que aquilo é a xoxota de fato.
Ela já deve estar morrendo para que você faça o que tem de fazer. Se 
estiver no caminho certo, ela vai estar gemendo e tentando forçar sua 
cabeça para o meio das pernas. Prolongue este momento até que ela esteja
 com olheiras e cara de quem não respira há 3 dias.
Dica amiga: Passeie com a boca pela região por uns 
cinco segundos antes de meter a língua. Se demorar muito mais que isso, 
ela pode pensar que você está enrolando por causa do cheiro – e é claro 
que todo mundo sabe que a filha da mãe cheira como uma panela de camarão
 fervido.
Importante: Nunca, de forma alguma, morda a xoxota. Se você não entende isso, desista e volte para a punheta.
4) Dividindo o Mar Vermelho
Prepare o campo de batalha. Pentelhos são para uma chupada o 
que cáries são para a higiene dental. Você não conseguirá identificar 
todas as partes se elas parecerem a capa do That What is Not, do PIL. Uma dica quente é fazê-la separar os lábios com os dedos,  assim a buceta se abre para você como um grande banquete.
5) A entrada triunfal
Dê a primeira lambida bem devagar. É bom gemer também – mostra 
que você está curtindo e manda vibrações audiofônicas direto pra dentro.
 Comece logo acima do cu e continue até chegar ao montinho de  pêlos. 
Faça uma série de seis dessas “Lambidas de São Bernardo” (bem devagar, 
uns quatro segundos por lambida) antes de partir para a ação. Este é um 
bom momento para descobrir que tipo de clitóris ela tem. Se for um muito
 sensível,  ela provavelmente vai ter um chilique,  indicando uma 
caminhada fácil. Se não houver reação quando você passa por ele, 
provavelmente ela é dona de um daqueles clitóris de ervilha e você vai 
ter trabalho até sentir uma  tendinite na língua.
6) Chacoalhe o barco
Chupar xoxota é algo tão delicado que pode te fazer sentir meio
 viado. Se você está cansado de bancar a bailarina, vá direto ao ponto. 
Descubra quanta ação o clitóris dela aguenta sem deixá-la desconfortável
 e mostre quem é o comandante. Afinal, o Sr. Esquivo é exatamente o que 
faz da arte de chupar xoxotas algo tão difícil. Ele é cercado de lábios 
e, mesmo depois que você o encontra, qualquer pressão pode desviá-lo do 
centro e, de repente, você estará dando ao canal urinário a melhor vista
 da sua vida. Imagine o clitóris como sendo um tumor dentro de uma pilha
 de lóbulos de orelha. Quando você separa tudo, ele é o aquele mais 
durinho. Uma vez que sua língua achar o dito cujo, chame por reforços. 
Use seus lábios para abrir caminho entre os dela e foque toda a sua 
atenção em isolá-lo. Uma vez localizado, castigue-o por ter tentado se 
esconder. Seja traquina e bata-lhe na cabecinha. Mais depois.
Dica amiguíssima: A melhor maneira de estimular o 
clitóris é correr sua língua inteira por ele depois de isolá-lo dos 
lábios. O ‘capitão’ deve sentir a textura inteira da língua toda 
empurrando seu corpo e seu barco.
7) Identificando o tipo de clitóris
Depois das lambidinhas com calma, é hora de começar a festa. 
São dois os tipos de clitóris: os que curtem uma pegada forte e os que 
não. Este último é tão ruim quanto um pau de dois centímetros, então 
você deveria vazar o quanto antes.
Dica amiga: Clitóris vêm nas mais variadas formas, 
tamanhos e sensibilidades, o que não quer dizer muita coisa. Todos eles 
querem ser tratados com carinho no começo, e a única coisa que vai te 
dizer se você vai poder acelerar são os sinais. Isso é impossível de ser
 ensinado, mas faça seu melhor. Tudo o que podemos dizer é que uma 
convulsão significa “pegue leve” e gemidos querem dizer “manda bala”.
8a) Clitóris que precisam de um bom trato
Esses são os mais legais, porque você pode ser criativo. Finja que sua 
língua é o policial mau e o clitóris é o assassino do seu parceiro. 
Separe-o dos seus amigos (os lábios) e chupe-o pra dentro. Agora ele é 
seu. Mantenha-o ereto criando uma câmara de vácuo na sua boca. Espanque o
 safadinho na cabeça com uma linguada. Ele não vai confessar nada porque
 é um clitóris e não faz ideia do que você está falando, mas dê-lhe uma 
coça de qualquer maneira. Depois de algumas prévias e turbilhões 
circulares, espanque-o como um boxeador treinando numa pêra. Se ele 
começar a se assustar como se fosse demais, alivie no interrogatório e 
volte para as lambidas de São Bernardo. O vácuo é um grande jeito de 
levá-la ao orgasmo, mas às vezes pode passar do ponto, então reveze 
entre movimentos circulares e penetração linguistica.
Quando estiver chegando perto de desvendar o caso, volte à câmara de 
vácuo e linche o suspeito. Cima-e-baixos são geralmente os croques mais 
eficazes, mas sua língua vai ficar menos cansada se você alternar com 
uns direita-esquerda. Quando sentir os tremeliques, é isso. Fique nessa,
 repetindo. NÃO tente ser criativo. Você está na cara do gol e não é 
hora de mudar o esquema tático.
Dica amiga: Para manter o ritmo, tente mentalizar um
 mantra que siga o movimento da sua língua, do tipo indiano mesmo 
(hi-yi-yi-ya, hi-yi-yi-ya, hi-yi-yi-ya). Qualquer ação incompatível pode
 acabar com tudo, quebrando o clima ou pelo menos retrocedendo em alguns
 minutos, o que é ruim para o moral.
Importante: Continue por bons segundos depois do 
orgasmo. Lembre-se de que nada acabou até que mãos cheguem de cima e 
tirem você de lá. Se ela for do tipo orgasmos-múltiplos você vai ter que
 seguir em frente até que tenha completado todo o procedimento umas 
quatro ou cinco vezes. Se não souber o que fazer, apenas continue 
mandando bala até que as mãos mágicas apareçam e façam-no parar.
8b) Clitóris que não
Alguns clitóris não querem ser separados e agredidos. Esses são os mais 
chatos e precisam ser tratados com carinho. Nesse caso, banque o São 
Bernardo até ela gozar. Simples assim. Se começar a ficar de saco cheio,
 tente dar uma escapada por algum outro caminho. Uma boa maneira de 
variar é pronunciar diferentes letras do alfabeto com a ponta da língua.
 Estamos falando de uma boa meia hora, o que pode ser problemático. Se 
você aguentar tudo isso e ela não gozar, você vai acabar de mau humor, 
então se for muito trabalhoso, siga em frente. Pelo lado positivo, ficar
 lá por trinta minutos é uma coisa que poucas pessoas têm paciência para
 fazer, então espere por uma bela recompensa quando aquela ‘semaninha’ 
chegar.
9) A conclusão
Assim que acabar (serviço completo), ela vai querer você fora de lá na 
hora porque aquela região é muito sensível. Ao invés de sair, ponha a 
língua pra fora e lamba tudo como um tapete empapado e espesso. 
Certifique-se de não mexer nada para não machucá-la, apenas deixe sua 
língua descansar por lá como uma arraia por volta de trinta segundos. 
Depois levante e limpe sua cara como um pirata. Isso vai te dar um bom 
minuto pra botar a camisinha e sequestrá-la dos aposentos do príncipe 
Mohamed Mohamed Saddat para a cabine do seu F-15.
EXTRA
1) Eliminado
Se duas mãos de repente caírem do céu e começarem a puxá-lo, você acaba 
de ser eliminado. De qualquer jeito ela vai falar que nunca goza com 
oral, mas a verdade é que você chupa mal pra caralho. Apenas dê a ela 
uma boa trepada e entenda tudo como um aprendizado. Mais tarde você vai 
poder perguntar onde errou pra poder fazer direito na próxima vez. Se 
você for muito ruim, vale pedir por uma narração em tempo real. Um pouco
 do bom e velho 
“devagar-você-tá-indo-muito-rápido-isso-aí-continua-isso-aí-mesmo-perfeito”
 pode transformar qualquer cabaço do linguado em especialista.
2) O tira gosto
Nada mantém você tão no controle do jogo – e faz ela gozar tão forte – 
quanto uma lambidinha no meio da transa. Desatracar pode deixá-la meio 
confusa, mas é uma ótima jogada para todos vocês, ejaculadores precoces,
 pra dar uma desacelerada e lembrar o clitóris dela que ele é 
importante. Se, passados alguns segundos, ela não se mostrar muito feliz
 com a ideia, saia pela direita dizendo que não conseguiu resistir. Aí 
desista e volte à lapada.
Dica: A não ser que você curta o gosto do seu pau 
coberto de látex, mantenha o tira gosto na região acima do clitóris e 
fique longe do buraco.
3) Os fundos
Dedos: Se o caso é o de uma megera suculenta, ela 
talvez vá querer alguma coisa no rabo. O polegar é a melhor opção, mas 
lembre-se que esta é uma atitude atrevida e que deve ser guardada para o
 final. Se por acaso você estiver tentando o fio-terra na melhor das 
intenções, tente fazê-lo durante o orgasmo. Se isso não estragar tudo, 
você vai ter uma reação pavloviana aos seus dedos pelo resto da relação.
Buraco: Não vamos tratar da lambida na escotilha 
nessa matéria porque se você já está nessa quer dizer que você já está 
num nível muito mais avançado e deveria ser um doutor em bucetas há 
anos.
Bunda: Massagear as bandas é sempre bom. Existem 
cerca de cinco milhões de terminações nervosas na região, então 
apertá-las de jeito ou mandar ver nos tapinhas – enquanto lambe a xana –
 sempre vai gerar resultados instantâneos.
4) Dupla ação
Apesar de alguns idiotas dizerem que não, usar os dedos simultaneamente é
 um belo jeito de levá-la a loucura. Pense nisso como o crack do 
cunilíngua. 
5) Exaustão
A exaustão é a causa número um de uma chupada abandonada, mas existem 
vários jeitos para se evitar isso. Como dissemos, usar a língua como um 
objeto inanimado é uma bela maneira para descansar. Ponha-a ao máximo 
pra fora e tencione. Agora morda-a e mexa-a pela xoxota usando apenas 
seus músculos do pescoço. Outra saída é simplesmente usar seus dedos 
sobre o clitóris enquanto descansa a boca.
GAVIN MCINNES VICE US
TRADUÇÃO POR EQUIPE VICE BR