quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Plexus trecho de
Conversamos um pouco para dar a Kitty um tempo para se recuperar, e depois George se atracou com ela. Estava frio e úmido sob a ponte, mas nós estávamos pegando fogo. Novamente George tentou penetrá-la, mas Kitty conseguiu desvencilhar-se e escapar. O máximo que ele conseguiu foi colocar o pau entre as pernas dela e ela o prendeu um pouco com as pernas. Quando saímos caminhando em direção à estrada, Kitty perguntou se podia nos visitar um dia desses, quando voltássemos à cidade. Ela nunca estivera em Nova York.
“Claro que sim”, disse George. “Peça para o Herbie levar você. Ele sabe o caminho.”
“Mas não tenho dinheiro.”
“Não se preocupe”, disse o bondoso George. “Cuidaremos disso.”
“Você acha que a sua mãe vai deixar você ir?”, perguntei.
Kitty respondeu que a mãe não se importava com o que ela fazia.
“Não se esqueça”, disse George para ela, “de se guardar para mim.”
Quando partimos, ela ergueu o vestido, por livre e espontânea vontade e convidou-nos a apalpá-la uma última vez.
“Talvez eu não esteja tão tímida quando estiver na cidade”, disse Kitty.
"Então, impulsivamente ela mexeu nas nossas braguilhas, retirou nossos paus e beijou-os quase com irreverência. “Vou sonhar com vocês esta noite”, sussurrou. Estava quase chorando."
Trecho de Plexus (Companhia das Letras), o livro que relata as primeiras explorações sexuais de Henry Miller e faz parte da trilogia “Crucificação Rosada”, que conta ainda com Sexus e Nexus e são relatos das aventuras sexuais e literárias de Miller na Nova York boêmia dos anos 20.
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Um comentário:
delicioso
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