sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

gemendo

Quando o desejo acabava por impregnar cada poro de seus corpos, eles se abandonavam a carícias violentas. Ás vezes ela ouvia o estalar de seus ossos quando ele lhe erguia as pernas acima de seus ombros, podia ouvir a sucção de seus beijos, o som de chuva caindo dos lábios e línguas, a saliva se espalhando no calor da boca como se estivessem comendo uma fruta que se dissolvesse.

Depois ela caía, gemendo, vítima de um prazer grande demais, um prazer que era um pouco como uma pequena morte, tão deslumbrante que nenhuma droga ou o álcool poderiam proporcionar, que nada mais poderia gerar que não dois corpos apaixonados um pelo outro vivendo uma paixão implantada no fundo de sua alma em cada célula, em cada nervo e em cada pensamento.


Anais Nin

Um comentário:

Anônimo disse...

Sinceramente e mt bm!