“Então, quando ele começou a mexer, no repentino inevitável orgasmo,
despertaram nela tremores estranhos, novos, molhando por dentro.
Molhando, molhando, molhando, como lambidas envolventes de chamas
suaves, suaves como plumas, aguando até pontos fulgurantes, agudíssimos,
agudíssimos e fundindo-a inteirinha fundida por dentro. Era como sinos
subindo mais e mais até o repicar. Ela prostrada, inconsciente dos
gemidos selvagens que escaparam até o fim... e sentiu o broto macio dele
aguilhoando dentro dela, e ritmos estranhos inchando dentro dela num
movimento rítmico estranho e crescente, engrossando e engrossando até
que preencheu a fenda de sua consciência, e então começou de novo o
inefável movimento que nem chegava a ser movimento, mas puros turbilhões
de sensações afundando, rodopiando fundo, mais fundo em sua carne e
consciência, até que ela fosse um perfeito fluido concêntrico de
sensações, estendida ali, gritando gritos inconscientes inarticulados.
Voz saindo da noite extrema, da vida!”
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