quinta-feira, 17 de julho de 2008
Doce Veneno
Sorrio-te com ar de menina marota.
No meu jeito inocente, conquisto aos poucos esse corpo, quente, macio, disposto a tornar-te esta noite, e as mais que vierem, completamente inesquecíveis…
Baixo-me, beijo-te os lábios, mordisco-te o lábio de cima enquanto me roço com ele dentro de mim, gemo baixinho com os lábios colados aos teus, sinto o corpo a pedir que me venha, preciso de me vir contigo dentro de mim...
Levanto-me e sinto-te em todo o teu esplendor, a excitação descontrola-me, o corpo arfante, arquejado, tenso, os músculos retesados, as mãos violentas empurrando-te de encontro á cama, como uma alavanca, quase te sufoco, obriga-te a continuar sem descanso enquanto me desfaço num orgasmo tão intenso e prolongado que me faz deitar uma lágrima inexplicável.
Por momentos os sons difusos e dispersos parecem amigáveis, são sons de um mundo vulgar mas furioso, sinto-me selvagem e quase louca, perco o rumo e sussurro-te: "Fazes-me sentir especial."
Não aguentas, não queres. Viras-me de quatro, e penetras-me vigorosamente... sentes-me molhada de prazer acolhendo-te como um tigre selvagem, esmagando-me o dorso com as mãos frenéticas, puxando os meus longos cabelos louros, entre gemidos peço-te mais, grito-te que não páres, sinto-te a palpitar dentro de mim e um jorro quente e interminável é recebido com um gemido de prazer renovado, misturado com um grito selvagem que sai sem controlo, um uivo animalesco, quase dantesco, vindo do mais fundo da alma.
Beijas-me delicadamente os lábios, os olhos, a face salgada, a mistura agreste de sal, suor e esperma, vida, sexo, dor, calor... Exaustos num estupor agitado, ansiosos, suspensos e perdidos do tempo e no tempo, espaço sem nome, viajam sem destino, como se o mundo fosse acabar agora, como se fosse um ultimo pedido de um condenado sem remissão.
Explorámo-nos, viajando num louco vaivém, numa girândola de prazer, num remoinho que nos levava sem resistência, fizeste de mim escrava, foste inocente e condenado, viciámo-nos um no outro, e quando por fim voltei a mim, fundimo-nos no corpo e na alma, grudámo-nos nas entranhas, desfizemo-nos, uma e outra vez, num orgasmo infindo...
Olhamo-nos dentro da alma um do outro… Foste meu? Não Sei… Fostes Minha? Fui… ainda que em carne e suor, entreguei-me…por momentos, a esta doce loucura, e não foi um devaneio… fizeste-me mesmo sentir especial….
Olhos nos olhos, mãos entrelaçadas, os corpos ainda suados e tremidos, os espasmos ainda vibrantes no meu corpo, "dorme por cá", peço-te.
E assim ficámos num abraço que não queria que tivesse fim…
Doce Veneno
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2 comentários:
conseguiram ver a alma?
fundiran se...divinamnte...
beijos
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