quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dupla penetração






O amante emudece quando me dirijo ao palco. Não esperava por isto … A stripper me cede seu lugar e fixo meus olhos nos dele. Dá para perceber suas pupilas dilatadas. Dá para ver que ele não acreditava que eu fosse capaz. Quase dá para ouvir a disparada do sangue em suas veias enquanto tiro cada peça de roupa até ficar completamente nua.
Vejo tudo, quase tudo … só não vejo o estranho que se levanta no meio da platéia e sobe pelos fundos do palco. Mas a descarga de adrenalina contrai o rosto do amante e indica que alguma coisa está prestes a acontecer.
Sou surpreendida pelas mãos do estranho nos meus quadris. Mal me recobro, empino a bunda, abro as pernas, firmo o foco. Agora vejo bem: o rosto do amante é uma corda de pura tensão, um tiro preso no cano da arma, um susto suspenso no décimo andar. A boca entreaberta, os dedos crispados, vai saltar sobre meu corpo, vai impedir o estranho de continuar me tocando desse jeito.
Vai?
Não.
O estranho me abre com os polegares e penetra por trás sem que o amante esboce sinal de impedimento. Sei que, da primeira fila, tem uma visão privilegiada. Sua pupila dilatada está fixada no pau grosso que me come com segurança e vagar.
O que me fode mais fundo? O pau teso do estranho ou o olhar duro do amante?
Duplamente penetrada, gozo e quase desmaio. Entorpecida, deixo que as pernas se dobrem.
O estranho me carrega nos braços e deposita, delicadamente, no colo do amante.
Os dois sorriem


deconheço autor

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