Entre as duas nádegas
o (cú)pávido sulco
tem aroma de áfricas
e de uvas de Outubro
Dirias que fora
um silvo (grito)de morte
a penetrar toda
a nocturna flora
até hoje(virgem ) intacta
que ainda aí tinhas
Respira Não fales
Murmura Não grites
Que travo de aromas
Que túnel escuro
Que paz no que sofres
Por mais uns minutos
O pescoço vergas
submissa e frágil
tal o de uma égua
que vai beber água
mas encontra a lua
E junto da cama
a rosa viúva (a buceta)
( molhada)com lágrimas brancas
já pede a meus dedos
sacudido apoio
para a viuvez
em que a deixo hoje
Muito mais a norte
os queixumes calas
E nem gemes Gozas
enquanto te invade
O suco da vara
vertido no sulco
Vê como foi fácil
Respira mais fundo
David Mourão Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário