sábado, 15 de março de 2008
“O caderno rosa de Lori Lamby” - fragmentos
“E por uma bela fresta da janela toda carcomida vi: padre Tonhão arfava. A batina levantada mostrava as coxas brancas como deveriam ser as coxas de uma rainha celta.
O pau do padre era, valha-me Deus, um trabuco enorme que entrava e saía da vaginona de Corina, ela por cima, ele se esforçando arroxeado pra ver o pau entrar e sair. Ela, com aquela discurseira toda: ai, Tonhão, ai padre caralhudo, ai gostosura, ai, santa mãe do senhor que te fez Tonhão. Depois a falação do padre: ai, bocetuda mais gostosa, quero te pôr no cu também, vira vira, Cô, vira putona. Corina de quatro, e o caralho do padre Tonhão agora entrava e saía do buraco de trás da moça, ela rebolando, os olhos revirados. Aí ele tirava um pouco e ela gemia: ‘Não faz isso, Tô, não faz assim, tua égua vai morrer de tesão’. E ele: ‘Ajoelha e pede por favor, diz que se o meu trabuco não entrar mais no teu buraco tu vai morrer, diz, pede em nome do chifrudo, anda, pede’. Corina falava bastante, mas não dava pra ouvir tudo. Depois se arrastava aos pés dele, lambia-lhe os dedos do pé, e o padre Tonhão que falava mais alto que Corina continuava o discurso: ‘Não vou por não, vou é esporrar na tua boca, cadelona gostosa, putinha do Tô. Corina chorava, implorando, segurava os peitos com as mãos, fazia carinha de criança espancada e ia abrindo a boca: ‘Então esporra, Tô, esporra na boquinha da tua Corina’. Claro que esporrei vendo e ouvindo toda aquela putaria…”
Hilda Hilst
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