segunda-feira, 30 de junho de 2008

" Aguas"

...Coloquei minhas mãos em suas coxas e
abri devagar ...
você foi se soltando, suas formas, seus pelinhos curtinhos, nascendo...
dava pra sentir seu cheiro, seu corpo queria
sua rachinha minava ... pura excitação
nossos olhos se encontraram...
fitei seu rosto, era um tesão só
ali pernas abertas, e eu a respirar do seu cheiro
a inalar seus desejos, o desabrochar da fêmea...
olhando em seus olhos levei minhas mãos e toquei nos lábios de sua bocetinha
suas mãos vieram firmes em meus ombros
suas unhas em minhas costas em minhas carnes
devagar fui abrindo sua boceta
Você já não se controlava
meus olhos, minha língua então todinha dentro de você
os lábios abertos você a mostra, a mulher a mostra, o deseja a mostra, as secreções amostra...
você ... inteira, vermelha, tremula, molhada, tesuda, desesperada pra sentir minha língua, minha boca a te chupar, você sussurra:
- sente do meu gosto...e eu chupo seus lábios, sinto seu cheiro,
sinto suas unhas que apertam mais e mais as minhas costas,
bebo da “água” do seu prazer, minha boca toda dentro de você
sua boceta que contrai, que escorre, que pulsa,
subo minha língua e acho seu grelinho, durinho, teso, mordo, chupo, bolino...
Você...minha gostosa, minha safada, minha devassa, mulher, minha tarada,minha delicia, minha mulher, minha puta, minha ...



Erhos

Passion






Tinha acabado de me levantar, quando a Louise transpôs a porta de cabelo apanhado ao alto com um travessão de tartaruga.

Sentia-lhe o cheiro do vapor do banho das fortes essências. Essências silvestres do sabonete.

Estendeu os braços, ofereceu-me ternamente a face.

Levei-lhe as duas mãos à boca e beijei-as lentamente. Memorizando assim, a forma dos nós de seus dedos.
Eu não só desejava a carne de Louise como também os seus ossos, o seu sangue, os seus tecidos, os tendões que a mantém unida.

Eu tê-la-ia segurado junto a mim, apesar de o tempo lhe desgastar os tons e atextura da pele.
Podia tê-la segurado mil anos. Até o próprio esqueleto ficar reduzido a pó.
Que tens tú que me fazes sentir assim? Quem és tú que o tempo não tem sentido para ti?

No calor das suas mãos pensei: É a fogueira que torça o Sol. Esse lugar há de aquecer e me alimentar, de cuidar de mim, agarrar-me.

Esse pulsar contra outros ritmos.

O mundo subirá e vazará com a maré do dia, mas aqui está a sua mão com o meu futuro na sua palma.

Ela disse: Vem pra cima.




Jeanette Winterson

flor








" me vê, pede, provoca, deseja, mete (por favor!) e me manda ficar quieta. me segura, enfia os dedos na minha boca, lambuza meu rosto, puxa meus cabelos, me morde e me fode, muito, forte, pára e espera, faz o que quiser, não me ouça, não, sim, não-não-não, mais e (ah) mais, sim, mais, assim, por favor, por favor. deixa eu me esfregar e me mexer, mas sorri pra mim e pergunta "o que foi, menina?" com esse ar doce e safado, enquanto se diverte me vendo desfalecer, sorrir boba e entregue como uma flor recém-colhida. "




Lorelei

três





havia a música, a bebida e os olhos dele em nós. ele aguardava, tranqüilo, um movimento meu ou dela, espreitando. nós, fêmeas, sentíamos nossos cheiros, nossos olhos se procurando no escuro e entre pessoas invisíveis que eventualmente nublavam nosso contato. uma música, um riso e algumas palavras, o som alto só permitia conversas no ouvido. senti o cheiro do pescoço dela e quis beijá-la ali, perto da orelha, quis esfregar meu nariz na sua pele e saber de onde vinha a doçura, provar. gostava dos olhos dele em mim, enquanto eu dizia no ouvido dela que queria beijá-la. assim, sem rodeios. meus lábios roçavam as orelhas dela, eu queria lábios de mulher, carícias doces, perfume de flor e desejei também os olhos dele, o desejo, as mãos. beijei sua boca com gosto de limão, nossas línguas brincando de amarelinha, senti-me uma menina correndo na chuva. as mãos dela eram íntimas de mim, seguravam minhas costas e meus cabelos, suas pernas se esfregavam entre as minhas. era uma janela, havia música e pessoas – e ele. os dedos dela encontraram caminho debaixo da minha saia, por dentro da minha calcinha e quase desfaleço; ela ri. nos perseguimos com as línguas e mãos por horas, e finalmente ele veio em nosso encalço, suas mãos nos nossos corpos, uma calma desconcertante (mas eu fervia). ele me cedeu lentamente um beijo com seu cheiro e boca de homem, enquanto ela tocava meu corpo. meu cheiro ficou nas mãos dela, meu gosto na boca dele. descobri um através do outro muito depois, aos poucos, nas muitas noites de sonho e nos dias de sexo e paixão.




Lorelei

sábado, 28 de junho de 2008

" Simbiose"














meu dorso arranhado pela tua barba propositadamente mal feita. veludo.
teus sinais na minha coluna vertebral, visceral, vigorosa.
teus pêlos faciais em sintonia com meus poros eriçados e assanhados. calafrio e aflição.
desejo de roubar eternamente pra mim o que é meu de fato, no ato... de quatro, eu; de joelhos, você;
e paira no tempo e no espaço, uma oração, um mantra repetido e repetido incessantemente até a nossa purificação. reza profana. pecado sagrado. oferenda aos teus pés, eu. tontura e vertigem. galgas em mim e eu danço qual índia, chamando a tua chuva. doce (de)leite. fartura. tuas mãos na minha anca, minhas pernas na tua pelve. sincronia, simbiose, sal e suor. sofreguidão e sede. veneno, vinho, vodka, valium. em declive, você; em aclive, eu, ladeira acima. íngreme desejo da pele. vontade anelante e ansiosa de escorrer por entre teu desejo e envolver teu membro. gozo e prazer brincando com nossas entranhas. aridez liquefeita no encontro das águas. nossas águas. bentas.


Elise

ruídos de saliva e língua






" Hoje, sim, em mim, no meu colo, da minha boca para a tua, sem cair no vento, eu te daria palavras de beber. Umas palavras santas, (...)riso, tempestade, amplidão, (...) Umas palavras tolas, saltitantes, pululando, formidável, berloque, umbigo, catapulta, ambidestro, caramujo. Umas palavras loucas, descabeladas, despudoradas, sexo, vulva, intumescido, lascívia, ardência, rijo, gozo, puta, voragem. Umas palavras nossas, novas, inauguradas entre nossas bocas, naqueles ruídos de saliva e língua, no ar que vai de um hálito a outro. E faria um livro. E ele teria o meu ventre e o teu nome. "



Ticcia

"pouso em tua boca









" Abro os braços e neles estás tu. No segredo do peito vive teu território. Tenho o corpo tatuado por tuas mãos, por teus dentes, sou um mapa vivo dos teus caminhos, nas impressões dos dedos, no rastro da saliva. Estou viva e ando, com teu nome enredado aos cabelos, teus olhos no fundo dos meus. Sigo de mãos dadas com esse de ti que me permeia, me transpassa, me fertiliza, e se a noite dói mais escura ou mais amarga, saio voando e pouso em tua boca. "




Ticcia

sexta-feira, 27 de junho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

sonhos de concreto












eles me tocam com seus dedos e mãos calosas; homens que não me conhecem, não me amam, não sabem quem eu sou. eles suam, riem com suas bocas duras e arrancam minhas roupas sem grande interesse. o que eles querem é a pele por baixo, os buracos, buceta e cu, minha boca, minhas mãos. sinto-me alimento na bandeja, e eles todos com seus paus duros, reluzentes, à mão, como garfos. eles tocam meus pés, estranhando a maciez, as unhas pintadas, tão perfeitos. um me toca o pescoço, brinca com meus cabelos, testando. ele puxa mjeus cabelos e seus olhos brilham quando eu sinto dor; ele puxa mais e eu abro a boca, de propósito, para que ele veja minha língua escondida. há um que me aperta a bunda, a marca das suas mãos na minha pele, e eu adoro. e há aquele mais sério que, sem sorriso, aproveita a boca entreaberta e encosta seu pau nos meus lábios. ele não enfia seu pau boca adentro, só esfrega a cabeça brilhante, ameaçando entrar, enquanto um outro me segura a cabeça. com uma mão agarra meus cabelos, com outra segura seu pau explodindo, enquanto vê minha língua molhando outro pau que de leve desliza, entrando de leve. o pau dele tem gosto salgado, cheiro forte de homem que me desperta. quero as mãos deles todas. meus cinco caçadores, estupradores, bárbaros, meninos perdidos. quero aqueles dedos toscos na minha buceta, abrindo meus lábios e explorando, abrindo espaço para os seus paus. agora sim, o pau dele na minha boca, todo, e chupo como uma menininha, segurando com as duas mãos, os meus peitos sendo amassados; alguém morde meu mamilo com força e eu deliro. finalmente as mãos na minha buceta, que já lateja; são duas mãos, uma delas espalhando umidade e saliva pelo meu cu. mais dedos, penso. quero gozar com aquele pau na minha boca, com dedos e paus invadindo meu corpo. quero um pau no meu cu, na minha buceta, na boca, quero ouvi-los me chamar de puta, metendo em mim seus paus duríssimos. não quero abrir os olhos, é delicioso adivinhar seus movimentos. viro de quatro, sem parar de chupar aquele pau usando minhas mãos meladas. eu o chupo e ele não diz nada, não geme, parece estar ali para me alimentar somente. algum deles lambe minha buceta uma única vez: meu clitóris, meus lábios, insinua uma ponta de língua entrando e quase gozo de susto. mas ele quer chegar ao meu cu, minha bunda é um convite. ele lambe com propósito, muita saliva e dedos, me prepara com um dedo só, sentindo minha tensão e se divertindo. relaxo e chupo mais vagarosamente, quase com preguiça. mais um pau, eles se alternam na minha boca, as mãos na minha cabeça guiam desejos. sinto-me uma menina sendo bolinada pelos tios, primos, amigos. um pau se esfrega na minha bunda e no meu cu completamente melado, força a entrada. empurro meu corpo para trás, quero todo o seu pau, com dor, de uma vez. ele entende e mete com força, agarrando meus quadris e rindo "ah, sua puta, você quer mais?" sim, eu quero tudo e uma das minhas mãos me masturba, enquanto fodem minha boca e meu cu, enquanto esfregam seus paus em mim. gozo desvairada, não sei se com mãos, paus, bocas. eles nem percebem: gozam melecando minha pele, minha boca, me arranham e me deixam -- arranhada, machucada e feliz.



lorelei

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pour Elise







Conheci Elise por acaso e me encantei ( ...) Elise… Elise… A delicada sonoridade do nome já me enternecia. Me chegou como um presente, veio de longe, justo quando eu menos esperava. Esguia, vestida em preto, era só beleza e imponência com aquele cinturão prata. Falava baixinho, discreta… Creio que fazia isso com a intenção de provocar intimidade com a proximidade. E conseguia. Seu toque era suave e onde quer que encostasse, me provocava um delicioso arrepio. Era como se meu corpo conhecesse Elise. Foi assim quando se aproximou dos meus mamilos, que imediatamente enrijeceram ao seu toque. Ou quando desceu suave pela minha cintura, passeou em meu ventre e finalmente alojou-se entre minhas pernas. Fiquei molhada de excitação, o que facilitou ainda mais sua massagem erótica. Bom demais sentir seu toque. Quanto mais sentia, mais me sentia confortável para ousar, permitir suas carícias, aquela doce invasão consentida. A exploração de novos pontos eróticos em meu corpo, novos caminhos, novos prazeres. E quando, enfim, Elise me levou ao orgasmo, estremeci como ela. Retesei e relaxei com seu toque em mim. Um gozo delicioso, delituoso, com sabor de pecado… Meu primeiro gozo com Elise.



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