sábado, 26 de abril de 2008
Motelzinho xexelento
“Mariana foi ágil com as roupas e já se dirige para a saída do quarto. Mas está sem carro. Rigel segue olhando para ela, sem acreditar no que vê. Acha que está blefando. Mas ela não está. Abre a porta e desce as escadas que dão na garagem. Pega as chaves de casa na bolsa e arranha o carro de Rigel: crrrrrrrrrrrr... Tem vontade de escrever PINTO MOLE, mas sabe que isso exigiria mão firme e tempo de sobra. (...) Sente a vitória. Nunca mais esperará por esse babaca. E espera que esse babaca tenha aprendido alguma coisa dessa lição. (...) 'Jamais deixe qualquer Zé Mané fazer você aguardar telefonemas, para depois ceder às desculpas dele, admitindo ser pega numa esquina sórdida e levada, quase abaixada, no carro do cara, até um motelzinho xexelento no cu do Judas, e ainda por cima não gozar! Ah, um pouco mais de criatividade, meu caro! Um pouco mais de hombridade! (...) Eu não peço nada que nenhuma outra mulher apaixonada não peça! Um cineminha, uma surpresa, um telefonema inesperado! O homem que não for capaz de, inteligentemente, fazer de tudo para agradar você, não merece o seu afeto. (...) E nunca sofra por esse merda (...)! Cague para ele!'”
fernanda Young, trecho do livro Aritmética
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