Nus, deitados não cabe mais a vergonha
Na minha a sua boca eu mordia
E, em delirios ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na loucura do meu desejo
louca, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão doces, mordia
Fazendo-a arrepiar em doce desejo
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
- Mais abaixo meu bem! - num gozo
No seu ventre pousei a minha boca,
-Mais abaixo meu bem! - disse ela louca.
Moralistas, perdoai!
Obedeci ...
Olavo Bilac
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