sábado, 19 de abril de 2008
STRANGE MAGIC
Já era tarde quando ela veio ...
Apareceu como eu a imaginava, cabelos soltos ao vento, esvoaçando como uma borboleta ...
Na contraluz, que vinha daquele velho reclamo luminoso, parecia que pairava, suspensa de mim ...
Entrou, e aqueles olhos ... ai aqueles olhos ...
Vagueavam, perdidos, procurando um porto, um cais para atracar, apenas procurando-me ...
Não eram precisas palavras, meras palavras; nunca a tinha visto, mas foi como se sempre a conhecesse ...
Deitámo-nos juntos, bocas colando-se ansiosamente, linguas sugando-se furiosamente, dentes mordiscando ternamente ...
Explorámo-nos, viajando num louco vaivem, numa girandola de prazer, num remoinho que nos levava sem resistência
Como era bom o sabor do seu corpo, alvo como a madrugada, seus seios de mulher oferecendo-me os mamilos hirtos de excitaçao, suplicando que os devorásse, que os esmagásse contra mim
Fiz dela minha escrava, fui algoz e condenado, viciei-me nela, e ela em mim, e quando por fim entrei nela, fundimo-nos no corpo e na alma, grudámo-nos nas entranhas, desfizémo-nos, uma e outra vez, num orgasmo infindo ...
Subi mais alto que um grito, possuí-a como um demónio, desvendei-lhe os segredos no corpo, desnudei-lhe a alma como um louco ...
e saciei-me de prazer...
Abandonou-me, devagarinho, os dedos da sua mão maravilhosa não me querendo deixar, mas saiu ...
para sempre, talvez ... para sempre...
e para sempre me deixou refém...
http://xupanupipi.blogspot.com/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário