quinta-feira, 22 de maio de 2008
A hora das bruxas II
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Seu corpo estava pregado ao tapete, e o pau a queimava ao entrar, arranhando seu clitóris, mergulhando mais fundo na vagina.
- Eu não agüento mais. Não consigo suportar. E, partida ao meio, devastada... orgasmo a inundou; sua cabeça, vazia a não ser pela louca enxurrada de cores como ondas, enquanto a sensação turbulenta se espalhava para cima pelo seu ventre, seus seios, seu rosto, e para baixo pelas coxas, enrijecendo suas pernas e os músculos dos pés. Ela ouvia seus próprios gritos, mas eles eram distantes, sem importância, saindo da sua boca num prazer divino; e seu corpo sacudia indefeso, desprovido de vontade e de raciocínio.
Repetidas vezes, a explosão a escaldou. Inúmeras vezes, até que todo o tempo, toda a culpa, todo o pensamento fosse eliminado.
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Anne Rice
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