terça-feira, 27 de maio de 2008

Red Lamp

Falam demais o tempo todo falam qualquer coisa, a qualquer hora, falam o tempo todo a mesma coisa enquanto bocas sobem pelos meus joelhos – sinto o hálito quente e molhado – até meus pêlos negros cacheados desgrenhados que se mostram entre pernas, entre coxas, entre lábios que falam repetições, ruídos, grunhidos, apenas conversas amanhecidas, vidas vampirizadas, cartas marcadas, (...) a boca seca, a boca com gosto de pau, a boca cheia de dentes brancos, a boca com a língua apontando pra mim – bem rente ao meu sexo inchado – a boca dele, a boca dela, as duas bocas na minha boca enquanto falam palavras sujas, palavras cruas, palavras sacanas – me excita o ouvido, now - Boa bUceta BUça lambuza BoaSuda cheira mostra lambe fode Mete morde mais, mais rápido, mais fundo, chupa o bico do seio rosado de cara para o teto branco com lustre de cristal e luzes vermelhas, chupa gostoso o bico moreno dele que roça no meu rosto – vai e vem, vem e vai – profundamente em mim, ventre com ventre, sopro com sopro, acho que vou gozar na boca dela – acho que já é dia lá fora – que pica bonita dentro dela, que geme, que se contorce, que estremece, que me fascina, que me tira um pouco mais de vida.



Camaleoa

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