quinta-feira, 1 de maio de 2008

no escuro

espero no escuro perceber sua presença, apuro meus sentidos e escuto seu respirar, procuro seu cheiro de homem e, como cobra, uso minha língua como radar. sei que você está aí, em algum lugar, eu sinto. sei que você anda e me observa, amarrada e cega, que se deleita com minha impotência, que sente ainda mais tesão em saber que não posso vê-lo e não posso reagir. traz seu pau até a minha boca, por favor, mais, e não vai embora dessa vez. coloca suas mãos nos meus mamilos desesperados, esfrega suas pernas peludas na minha bunda, fala no meu ouvido que vai me bater; me bate. agarra os meus cabelos com suas mãos firmes, bate no meu rosto porque eu mereço cada tapa seu, acaricia meus lábios, diz que eu sou sua menina. molha seu pau de novo na minha boca e só ameaça me foder. ah, e quando eu esticar meu corpo e procurar seu pau todo, se afaste, eu quero chegar ao limite do querer, quero chorar implorando seu corpo, sua boca, seu pau e suas mãos, quero ser completamente sua, dependente e entregue, para que no último instante você me resgate, me envolva e me faça inteira novamente.




Lorelei

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