domingo, 12 de julho de 2009

red lamp









Red Lamp














Falam demais o tempo todo falam qualquer coisa, a qualquer hora, falam o tempo todo a mesma coisa enquanto bocas sobem pelos meus joelhos – sinto o hálito quente e molhado – até meus pêlos negros chacheados desgrenhados que se mostram entre pernas, entre coxas, entre lábios que falam repetições, ruídos, grunhidos, apenas conversas amanhecidas, vidas vampirizadas, cartas marcadas, clichês reciclados em cinzeiros amontoados com restos de cigarros muito bem amassados, pires manchados de café – secos – a boca seca, a boca com gosto de pau, a boca cheia de dentes brancos, a boca com a língua apontando pra mim – bem rente ao meu sexo inchado – a boca dele, a boca dela, as duas bocas na minha boca enquanto falam palavras sujas, palavras cruas, palavras sacanas – me excita o ouvido, now - Boa bUceta BUça lambuza BoaSuda cheira mostra lambe fode Mete morde mais, mais rápido, mais fundo, chupa o bico do seio rosado de cara para o teto branco com lustre de cristal e luzes vermelhas, chupa gostoso o bico moreno dele que roça no meu rosto – vai e vem, vem e vai – profundamente em mim, ventre com ventre, sopro com sopro, acho que vou gozar na boca dela – acho que já é dia lá fora – que pica bonita dentro dela, que geme, que se contorce, que estremece, que me fascina, que me tira um pouco mais de vida.


Camaleoa

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