sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

quebrando cabaço do cu










(... )Foi então que naquele quartinho dos fundos ele saiu por um instante, enquanto eu deliciosamente me masturbava empinando a bunda para ele ver quando voltasse. E quando voltou tinha um pote de manteiga nas mãos. Eu dei uma gargalhada e disse que manteiga era sacanagem, não era Maria Schnneider nem ele o Marlon Brando em O Último Tango em Paris. Rimos muito e serviu para relaxar um pouco. Me colocou de ladinho, massageou um pouquinho meu cu com os dedos melados e quando me sentiu mais relaxada colocou a cabeça do pau. Ele tinha um pauzão, como eu disse antes era lindo, grosso e cabeçudo. Encaixou aquela cabeçorra na entrada do meu cu e dava estocadinhas de leve, só que daí eu travei e começou a doer muito, tanto que eu não estava agüentando e comecei a implorar que ele parasse. Acho que aquilo dava mais tesão nele, pois ele em determinado momento meteu o pau de uma vez só me arrombando toda. Soltei um grito e ele tampou minha boca abafando o barulho. Quase desmaiei de dor, não tive nenhum tesão, só dor. A lágrima escorria pelo canto do olho. Ele disse que era assim mesmo, ficou com o pau parado dentro de mim. Eu sentia meu cu estrangular o pau dele dentro de mim, enquanto ele de levinho tentava mexer um tiquinho para o pau não amolecer. (...)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

...a calcinha, o sutian, a sandalia de salto ...











(...)
o papo comecou com um tal arranhão na bunda dela
e que bunda...
ela era morena bronzeada (não negra), magrinha de corpo perfeito, seios pequenos (mas muito bem desenhados) e popozudissima
ela acordou assim arranhada na bunda e nos seios (me mostrou), depois de uma noite dormindo ao lado de uma garota
nao, ela nao é bi.
estava vestida apenas com calcinha, sutian + salto alto
conjunto preto, rendado, com detalhes em renda vermelha, nada vulgar nem muito "vintage"
cabelos pretos lisos, compridos,ariana, 25 anos,(...)
olhos castanhos, belos, boca linda,
ambos estavamos curiosos um pelo o outro
fomos trepar
nos beijamos na boca
sim, havia quimica
a pele dela, que estava com calor, mesmo suada tinha um sabor delicioso
o cheiro otimo..
nao resisti. tive que chupa-la
sabor igualmente delicioso. neutro, doce até.
gemia muito gostoso
depilada do grelo pra baixo
coxas malhadas, saradas
depois foi a vez dela
me chupou
namoramos, nos atracamos, nos abraçamos, nos esfregamos
camisinha posta, trepamos em pé, ela apoiada na cama, apoiada na parede, de quatro
bombando, metendo fudendo
ela gemia, gemia, gemia
correspondia as estocadas
em dado momento, puxei os cabelos dela muito forte pra tras, ela reclamou um pouco. tentei ser mais suave, (...)embora (as vesês)selvagens, gostamos de sexo impetuoso mas sempre carinhoso
depois um papai mamãe rapido
e ela veio me cavalgar
foi ai que ela gozou
meu pau tava lindo. maravilhoso,poderoso
imagine o pau, no momento que ela chupou...
entao, concentrei-me para gozar logo gozamos
tomei banho, usei o sabonete liquido dela
ela tomou banho
que bunda... que bunda ...
me vesti
ela se vestiu (a calcinha, o sutian, a sandalia de salto)
inevitavel não passar a mão
inevitavel nao encoxar despedimo-nos
disse que adorei, e que queria ve-la de novo
ela, a todo momento, desde que conversariamos... me chamava de "safado"...
dizia q tenho uma carinha de safado..
e depois, disse com mais propriedade "safado!"
fui embora... levinho, levinho

(...)

"Diário de uma baunilha" {diva_elfa}AL

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cavalgada


Hoje quero que sentes sobre mim, cavalgues em grande estilo, preencher suas entranhas, sentir galopar em movimentos ritmados, que o teu suco escorra pelo meu corpo enquanto meu pau te vara, qual sela roçando a bucetinha, quero-te, aqui, em plena estrebaria, no meio desta palha, nestes odores campestres. Quero freneticamente, num trote compassado, sentir os teus cabelos à deriva e a tua pele arrepiada pelo tesão da tua libido enquanto o teu corpo escorrega sobre o meu.
Quero saborear o teu suor, sentir o teu cheiro de mulher, provar os teus fluídos quando vens sobre a minha boca, sentir o teu ventre que comprime sobre o meu peito, quando devoras a última gota do meu sémen .
Quero que adormeças depois, exausta sobre mim, como lembrança de um instante de perdição, uma cavalgada de loucuras.


Marquês

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"(in)confessáveis desejos de você"


Estou cheia de sono...
Hum... e se eu rastejar por debaixo dos teus lençóis...
... por entre as tuas pernas entreabertas...
... e com minha língua víperina...
... começar a lamber-te?...

em vez de adormecer, vou olhar-te com tesão e arquear-me para poder ver-te fazê-lo...
roçar-me em ti enquanto sinto os lençóis arrepiarem-me a pele...

... vês o meu olhar hipnotizante de tesão?...
... sou eu a comer-te o objecto do meu desejo...
... agarro-te pelos quadris com firmeza...
... puxo-te para mim...
... e possuo-te o mais fundo que consigo...
... com minha língua afiada...
vejo e isso ainda me excita mais...
sinto-te entrar em mim sem pedir licença e deixo-me levar pela tua fúria...
uma onda de calor percorre-me a pele...
agarro a roupa da cama com uma mão e a outra mantém-te a cabeça entre as minhas pernas...
... sinto-te a puxares-me para ti...
... sinto o teu estremecer...
... o que só me dá mais sede de ti...
... mais tesão!...
... estendo os braços...
... e agarro os teus seios...
... apertando-os com força...
... quando começo a morder-te o sexo...
... e a chupar-te...
... sugando-te os lábios...
... até ao limiar da dor!...

gosto quando me fazes chegar lá... ao limiar...
gosto quando os meus gemidos te deixam confuso, sem saber se são de dor ou prazer...
gosto quando perdes a calma e me tomas à bruta...

... ouço-te gemer...
... de prazer...
... de dor...
...
... chupo-te...
... aperto-te...
... quero-te devorar...
... à bruta!...
...
... aperto-te agora os bicos tesos...
... bem espetados de tesão...
... enquanto mergulho a minha língua...
... no teu cuzinho sequioso...
... ofereces-mo com prazer...
... relaxas...
... e deixas-me entrar agora aí...
... sem pudores!...

sinto-me escorrer de prazer.
tenho as pernas a tremer, os músculos tensos e a cara a arder.

... sinto-te húmida como nunca...
... a estremeceres descontroladamente!...

há mto que já és tu que controlas.
n o evito.
n te evito.
quero que me faças tua.
...que tomes conta do meu corpo e o faças vibrar ao sabor do teu tesão.

... tenho-te dominada...
... totalmente...
... sob o meu poder!...

contorço-me ao ritmo da tua língua.
mexo-me para te deixar entrar em mim.
e tu entras...
uma e outra vez...

... adoro comer-te o cuzinho desta maneira...
... fazer entrar a minha língua em riste...
... dentro de ti...
... uma e outra vez...
... mantê-la lá dentro...
... enquanto mexes os quadris...
... espasmos...
... tremores...
...
... levanto-te as pernas...
... expondo-te mais ainda para mim...
... volto a trincar-te o sexo...
... olho o teu cuzinho...
... e volto a foder-to...
... metendo a minha língua...
... dentro dele vezes sem conta!...

volto-me e viro-me para ti.
imploro-te com o olhar para que me penetres.
deitas-te sobre mim e de uma vez, entras...

... estás tão excitada & húmida...
... que mal me encosto em ti entro...
... como se me sugasses para dentro de ti...
... de uma só vez...
... penetro-te com uma estocada seca...
... nossos corpos batem um no outro com ruído...
... soltas um gemido profundo...
... deixo-me ficar...
... mas por pouco tempo...
... sussurro-te ao ouvido...
... queres que te foda?...

quero!
fode-me agora!

deitado sobre ti...
... começo em investidas súbitas...
... e rápidas...
... ouvir-te dizê-lo...
... soltou o animal em mim!...
...
... levanto e baixo as ancas...
... a cada estocada...
... cada vez mais viril...
... cada vez mais ruidosa...
... nossos corpos estalam...
... um no outro...
... gemo e gemes...
... apoio as minhas mãos nas tuas nádegas...
... abrindo-as para mim...
... quero ver o meu pau...
... a entrar impiedosamente...
... dentro de ti...

o teu olhar de lúxuria faz-me tremer ainda mais...
sinto-me exposta e sei o quanto isso te excita...
não quero que páres...
não quero que páres até me esgotares com o teu tesão.

... faço força com as mãos...
... quase esmagando-te...
... a cada entrada mais impiedosa...
... sinto-te a escorreres...
... tens a ratinha a frever...
... e sinto o meu pau todo melado...
... todo dentro de ti...
... entrando e saindo...
... cada vez mais depressa...
...

é essa toda a força que consegues?
é assim que me comes?
quero mais...

... fdx...
... começaste a picar-me...
...
... puxo o teu rabo para cima...
... pelas ancas...
... e ponho-te de joelhos...
... de rabo empinado para mim...
... agora vou-te comer assim...
... mas vou-te comer o cu...
...
... enfio os dedos na tua rata...
... para de pronto os meter no teu cu...
... vais com a tua própria porra...
...
... pego no meu caralho...
... e enfio-te de uma assentada...
... gemes...
...esperneias...
... tentas fugir...
... mas eu agarro-te...
.. e com uma palmada...
... bem assente no teu rabo...
... acalmaste...
... ficaste marcada...
... mas isto é só o princípio...

sim...sim...
e mais?

... com a mão esquerda...
... agarro-te pelos cabelos...
... a mão direita continua a dar-te palmadas...
... cada vez mais ruidosas...
... tens o rabo já vermelho...
... mas não páro...
... e cada vez mais...
... sinto o meu caralho duro...
... a enterrar-se no teu cu...
...
... puxo-te mais pelos cabelos...
... agarro-te num ombro...
... empurrando-te contra mim...
... "mexe o cu querida!"...
... "é assim que gostas de ser comida"...
... "és a minha putinha não és?"...

obedeço e mexo-me contra ti.
"sim, sou a tua putinha... gostas quando me porto mal, não gostas?"

... gosto, sua descarada...
... tenho de te castigar por isso...
...
... cavalgo-te já desenfreadamente...
... nossos corpos embatem um no outro...
... colidem como dois planetas fora de órbitas...
... sem refreios!...
... levanto-te e ambos ajoelhados...
... grudados um ao outro pelo suor...
... que escorre do meu peito...
... das tuas costas...
... fodo-te assim...
...
... com uma mão alcanço-te a ratinha molhada...
... com a outra aperto-te as mamas...
... com violência...
... como se as quisesse rebentar...
... colo a minha boca ao teu pescoço...
... e lambo, mordo e chupo...
... hoje vais ficar marcada!...

sinto os teus dentes no meu pescoço...
gemo de dor e de vontade que me marques ainda mais...
peço-te:
"fode-me... fode-me com força..."
continuas a entrar dentro de mim a um ritmo alucinante...
... e a molhar-me com o teu suor.

... ao cravar os meus dentes...
... no teu pescoço...
... nos teus ombros...
... puxo-te ainda mais contra mim...
... e ao mesmo tempo...
... fodo-te o cu...
... enfio-te 3 dedos na rata...
... e belisco-te os mamilos...
... duros como nunca!...
...
... sinto-te a estremecer...
... vais-te vir por todos os poros...
... do teu corpo...
... deslargo-me...
... e o meu caralho começa a pulsar...
... ao ritmo do teu cu...
... não te aguentas...
... não me aguento...
... e vimo-nos num gemido comum...
... sinto a minha esporra a escorrer do teu cu...
... sinto a tua esporra a sair para os meus dedos...
... os nossos corações batem descompassadamente...
...
... sem me descolar de ti...
... pego na minha e na tua...
... esfrego nas nossas bocas...
... e caímos na cama...
... beijando-nos...
... prontos a adormecer...
... saciados...
... satisfeitos...
... completamente extenuados...
... e com o sabor e cheiro...
... a sexo...
... a embalar-nos...
... no sono merecido!...
...


Wanessa Olyver

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Meu nome tatuado











Tem coisas doidas. Presentes de um amante ao outro, mas ver meu nome tatuado no falo dele me fez tão mais tesuda, tão mais gostosa; a dona dele. Ele me deu o prazer de ser sua dona. A mulher que ele deseja e assume, até no membro. Eu, que sempre fui rainha com escravos, com a ponta do salto em muita coxa, permiti que esse homem, o que escreveu meu nome no seu falo, fosse meu dono e Senhor nessa noite. Me permiti ser escrava em coleira. Me subjuguei e aceitei. Obedeci.
Homem de encantos muitos, de força tamanha e uma devassidão sem limites. Homem dos desejos mais loucos, das invenções de cama e mesa, das surpresas e da gentileza, do prazer partilhado, mas sempre ele, o homem, o que acaricia e não bate.

Fui a escrava dele por uma noite. Deitei de bruços, aceitei seu peso, seu adentrar em meu corpo sem poder me mexer e obedeci ao seu comando: - urra leoa! E eu urrei. Urrei de prazer e gozo. Urrei de tesão e desejo. Urrei e nem me mexi.
Depois me virou e pincelou a fenda com o escorrido do sêmen vendo meus olhos escurecerem pelo prazer do gozo. Me dominou com a força das mãos e com o falo inteiro dentro de mim em movimentos rítmicos, mandou de novo: - uiva loba! E eu uivei. De prazer e loucura. De êxtase.

Tem coisas doidas nessa vida. Mas ver meu nome no falo dele, me fez jogar os saltos pela janela. Rainha? Quem se importa. Escrava, sim, com muito prazer.




Maria Quitéria

Sexo no metro

Entre as pernas











Alma feminina, desejos de mulher,
lábio grandes e pequenos a arderem
um “fogo q arde sem queimar”
Angustia de felicidade Desespero de doação
Despojo da guerra, interna.
Ah esse meu calor, esse desejo. Lava de vulcão... Esse meu ventre, minhas coxas... Essa minha flor que pulsa... Entre as minhas pernas fervilha as minhas emoções, desejos, tesões ..... esconde-se um pântano, húmido, quente, fértil, cheiro de fêmea em cio engolindo os que se aproximam, nele penetram e (por mim) jamais seriam resgatados. (Eterno açoite) Ali dormem segredos e sussurros, gemidos e gritos abafados que, vez por outra, são ouvidos à distância. Entre minhas pernas desespera ânsias de lábios grossos, uma língua que se enrosca e uma boca faminta de respostas. Entre minhas pernas termina o vão das minhas coxas e começa a colina de meu ventre. Entre minhas pernas sinto a vida fluindo. Entre elas começo e acabo meu tesão...



TICCIA ( com um toque ERH()S)

sábado, 17 de outubro de 2009


loucura em publico











Maria Teresa Horta


Gozo I
Linho dos ombros
ao tacto
já tecido
Túnica branda
cingida sobre as
espáduas
Os rins despidos
no fato já subido
as tuas mãos abrindo a madrugada
Linho dos seios
na roca dos sentidos
a seda lenta sedenta na garganta
a lã da boca
cardada
no gemido
e nos joelhos a sede
que os abranda
Linho das ancas
bordado
de torpor
a boca espessa
o fuso da garganta



Gozo II
Desvia o mar a rota
do calor
e cede a areia ao peso
desta rocha
Que ao corpo grosso
do sol
do meu corpo
abro-lhe baixo a fenda de uma porta
e logo o ventre se curva
e adormece
e logo as mãos se fecham
e encaminham
e logo a boca rasga
e entontece
nos meus flancos
a faca e a frescura
daquilo que se abre e desfalece
enquanto tece o espasmo o seu disfarce
e uso do gozo
a sua melhor parte



Gozo IV
Que tenhas de mim
o contorno incerto
acertado nas linhas do
teu corpo
os dentes nos lóbulos e no pescoço
os lábios
a língua a cobrirem os ombros



Gozo V
Vigilante a crueldade
no meu ventre
A fenda atenta
e voraz
que devora o que é
dormente
a febre que a boca
empresta
a vela que empurra o vento
a vara que fende
a carne
a crueldade que entende
o grito sobre o orgasmo
que me prende e me desprende


Gozo VI
São de bronze
os palácios do teu sangue
de cristal absorto
ensimesmado
São de esperma
os rubis que tens no corpo
a crescerem-te no ventre
ao acaso
São de vento - são de vidro
são de vinho
os líquidos silêncios dos teus olhos
as rutilas esmeraldas que
sozinhas
ferem de verde aquilo que tu escolhes
São cintilantes grutas
que germinam
na obscura teia dos teus lábios
o hálito das mãos
a língua - as veias
São de cupulas crisálidas
são de areia
São de brandas catedrais
que desnorteiam
(São de cúpulas crisálidas
são de areia)
na minha vulva
o gosto dos teus espasmos



Gozo VIII
Em cada canal
a sua veia
o veio que entumece
no fundo da sua teia
Em cada vento
o seu peixe
no tempo que a água tenha
sedosa na sua sede
viciosa em sua esteira
Da seda
o tacto e o suco
dos lábios à sua beira
como se fosse um beiral
do corpo
p'ra língua inteira
ou o lugar para guardar
o punhal
que se queira
Em cada punho
o seu ócio
um cinzel
de lisura
com a doçura do pranto
da prata e bronze
a secura
O travesseiro não apoia
as pernas já afastadas
mas ajusta as ancas dadas
Escalada
que se empreende na pele das tuas nádegas
Em cada corpo há o tempo
no gozo da sua adaga
Mas só no teu há o espasmo
com que o teu pênis
me alaga



Gozo IX
Ondula mansamente a tua língua
de saliva tirando
toda a roupa...
já breves vêm os dias
dentro de noites já
poucas.
Que resta do nosso
gozo
se parares de me beijar?
Oh meu amor...
devagar...
até que eu fique louca!
Depois... não vejas o mar
afogado em minha
boca!



Gozo X
São de alumínio
os flancos
e de feltro a língua
de felpa ou seda
a abertura incerta
que cede breve a humidade
esguia
presa no quente do interior
da pedra
Ou musgo doce
de haste sempre dura
de onde pendem seus dois mansos frutos
que a boca aflora e os dentes prendem
a tatear-lhes
o hálito e o suco



Gozo XI
Conduzes na saliva
um candelabro aceso
um chicote de gozo
nas palavras
E a seda do meu corpo
já te cede
neste odor de borco em que me abres
Sedenta e sequiosa
vou sabendo
a demorar o tempo que se espraia
ao longo dos flancos que vou tendo
as tuas pernas
vezes teu ventre
A tua língua
vezes os teus dentes
na pressa veloz com que me rasgas



Gozo XII
São tuas as pálpebras
dos meus dias
tal como a laranja do lago
estagnado
é a lua do lago ao meio dia
quando o sol dos ombros está
rasgado
São teus os cílios
que as noites utilizam
é tua a saliva dos meus
braços
é teu o cacto que no ventre
incerto
debruça levar os seus
orgasmos
Não tenho mais que te dizer
das coisas
que tudo o mais te faço eu
deitada
enquanto sentes que o teu corpo
cresce
por dentro do mundo
na minha mão fechada


A Voz
Da tua voz
o corpo
o tempo já vencido
os dedos que me
vogam
nos cabelos
e os lábios que me
roçam pela boca
nesta mansa tontura
em nunca tê-los...
Meu amor
que quartos na memória
não ocupamos nós
se não partimos...
Mas porque assim te invento
e já te troco as horas
vou passando dos teus braços
que não sei
para o vácuo em que me deixas
se demoras
nesta mansa certeza que não vens.


Joelho
Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho

Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio

Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo

Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo

Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo

E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento

Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas

Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.