sábado, 3 de julho de 2010

me rasgue me esmague


Seus braços foram abertos, e a camisola foi levantada e ela estava deliciosamente nua, ali deitada, com mãos que lhe afagavam o sexo, só que não eram (somente as )mãos, ele a chupava e que a acariciava, com os lábios nos seus ouvidos, nas suas pálpebras, com toda a sua imensa presença a envolvê-la, até mesmo debaixo dela, acariciando-lhe a cintura e abrindo seu traseiro para afagar os lábios (da sua bucetinha...)
Línguas lhe lambiam os bicos dos seios, puxando-os, arranhando-os com os dentes.
- Com mais força, mais violência. Violente-me, vamos! Ele a ergueu de modo que sua cabeça caísse para trás, os olhos fechados, as mãos abrindo o sexo, abrindo as coxas.
- Entre em mim, com força. Faça-se homem para mim, um homem duro! As bocas atacaram os bicos com mais força, com as línguas lambendo os seios, o ventre, os dedos puxando seu traseiro e arranhando suas coxas.
Foi quando o sentiu, duro e enorme a penetrá-la.
- Vamos, me rasgue, vamos! Me esmague!
Seus sentidos foram inundados pelo cheiro de um corpo limpo e rígido e de cabelos limpos,
quando o peso caiu sobre ela e o pau a penetrou com violência, é, com mais força, como um estupro. Relance de um rosto, olhos de um verde-escuro, lábios.
E depois um borrão quando os lábios abriram os seus.
Seu corpo estava pregado ao tapete, e o pau a queimava ao entrar, arranhando seu clitóris, mergulhando mais fundo na vagina.
-Eu não agüento mais. Não consigo suportar. E, parta-me ao meio.
Devastada. O orgasmo a inundou; sua cabeça, vazia a não ser pela louca enxurrada de cores como ondas, enquanto a sensação turbulenta se espalhava para cima pelo seu ventre, seus seios, seu rosto, e para baixo pelas coxas, enrijecendo suas pernas e os músculos dos pés. Ela ouvia seus próprios gritos, mas eles eram distantes, sem importância, saindo da sua boca num prazer divino; e seu corpo sacudia indefeso, desprovido de vontade e de raciocínio.

Repetidas vezes, a explosão a escaldou. Inúmeras vezes, até que todo o tempo, toda a culpa, todo o pensamento fosse eliminado.


(Anne Rice)

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