quinta-feira, 1 de julho de 2010

Lua de fel






Lua de fel, cinco momentos do filme

A "puresa" e o encantamento a se conhecerem.



O desgaste, trazendo a humilhação.


A humilhação levando a vingança.



A vingança e a maldade juntas



A sexualidade como arma


A pervesão no seu limite, no extremo, rota certa pra tragédia.


"- Voce quer comer ela? tudo bem mas antes tera de ouvir ..." fala do filme


Lua De Fel é geralmente, encarado como mera uma comédia negra; contudo, mais do que uma farsa, é o filme mais intenso de Polanski desde a triologia dos apartamentos, uma manipulação perversa da condição humana como só ele sabe fazer.

Nigel (Hugh Grant) e Fiona (Kristin Scott Thomas) são um casal em segunda lua-de-mel, a bordo dum cruzeiro com rumo à Índia. Por entre os monótonos jogos de cartas e os serões fastidiosos, ambos vão travar conhecimento com Oscar (Peter Coyote) e a sua esposa Mimi (Emmanuelle Seigner); o primeiro é um inválido de meia-idade, com aura de quem foi em tempos um bon vivant, condição que os cabelos grisalhos e a cadeira de rodas arruinaram. A segunda, bastante mais nova que o marido, é uma voluptosa jovem, daquelas que rouba o fôlego aos homens.

Este misterioso casal vai envolver Nigel e Fiona num perverso e misterioso jogo com resultados impresíveis. No entanto, antes que isso aconteça, Nigel terá de ouvir a história que Oscar tem para contar: a história da sua vida:
"- Voce quer comer ela? tudo bem mas antes tera de ouvir ..."

São dois filmes num só: o relato da vida de Oscar e Mimi, em versão flashback com direito a narrador e tudo, uma arrepiante história sobre obsessão sexual e pessoal, que passa rapidamente do libidinoso e promíscuo para o cruél e trágico; e a condição ingrata a que Nigel e Fiona vão ser colocados, em que a história funciona como uma revelação para a sua vida sexual insonsa a pedir desesperadamente por uma aventura.

Lua De Mel, Lua De Fel é um filme intenso e, sobretudo cruél, que se desenvolve por vários registos: pelo erotismo libidinoso, que despertam fetiches intermináveis (e tem uma inesquecível cena sexual que envolve leite e uma agradável capacidade de sugação feminina); humor negro apurado; suspense com forte pendor feminino; e uma manipulação trágica da condição humana até à catarse final - o típico filme de Polanski.

( Filme obrigatorio, quase um "tratado sobre os desvios e as pervesões humanas"
Ha uma frase que define o fime:
" Ha dentro de nós a bondade e a maldade nas mesmas proporções, o q nos falta é a oportunidade delas aflorarem" do personagem Oscar, vivido por Peter Coyote)

McRoyal Deluxe.

Nenhum comentário: