sábado, 26 de julho de 2008

Orgasmos; Dor e Prazer…

Você me perguntou o que senti quando me proporcionastes dor e depois me fizestes gozar. Sim, já me fizestes gozar várias vezes, cada uma com uma intensidade diferente, cada uma melhor que a outra, até mesmo, quando apenas me bates me fazes gozar. E a cada tapa faz com que meu corpo responda de maneira incontrolável, suplicando mais, desejando mais, mesmo sem forças para mais uma vez gozar. A dor que me proporcionastes ontem seguida do orgasmo foi à essência retirada do que mais íntimo e profundo existe em mim, é algo que não se toca; que não se vê; que não se saboreia; que não se ouve, simplesmente se sente! Numa entrega total onde todos os meus sentidos naquela hora não me pertenciam mais.












È a mais primitiva de todas as satisfações sexuais, onde são permitidas todas as perversidades, é o melhor presente que podemos receber, mas que muitos nos negam, e poucos sabem como proporcionar tamanho prazer com ele. A mais sublime de todas as ofertas que podemos dar. A sua negação é uma crueldade, o seu pedido um ato de submissão, a sua exigência um ato de dominação. É sentir o nosso desejo satisfeito a percorrer o nosso corpo, que desperta a nossa mente, levando-nos a sentir desejo por dor seguida de prazer, por privação de sentidos, por deixar-se dominar por completo, nos levando a sonhar, despertando nossa imaginação levando-nos a pensar qual será o próximo pensamento antes mesmo do anterior nos escapar.






São pensamentos ousados, que vem acompanhado de cada tapa, cada tapa faz meu corpo tremer de maneira diferente, faz com que eu ouse pensar que vou ter o que mais gosto para atingir ao orgasmo seguido de vários outros, sentir meus dedos a entrar devagar dentro de mim, um após outro, pertencentes a uma mão que me faça sentir completamente preenchida, sentindo uma mistura de prazer e dor. Toco-me para mim, toco-me para alguém. A minha mão direita pára ao sentir a umidade que brota do meu corpo e entra em órbita, descrevendo movimentos circulares, ritmados, como se aquele ponto representasse a força da gravidade, força essa, que me ha de levar aonde eu quiser de maneiras inebriantes.







Estou quase a chegar, sim; mas perco-me no caminho porque esta viagem é composta de labirintos, eu sei que alguém me guia, com um olhar, com uma palavra e ouço sua voz me dando ordens, me perguntando coisas, e é assim que ganho forças e coragem para pedir-te mais, para que meu corpo sinta novamente a vontade de ser seu, de responder aos teus comandos e não aos meus. Por vezes imagino cenas de violência, outras cenas de paz, envolvendo uma ou mais pessoas, entregando-me em tremores, em ais, em suspiros, em espasmos, em prazer. É um imenso prazer! O tempo pára, fico exausta, sem forças, dobro-me e fico a saborear durante o tempo máximo que conseguir, o prazer inebriante que faz com que todo meu corpo se sinta completo e carente. Naquele momento sinto como se a entrega fosse total, perco-me, ofereço-me, quero ser de alguém, desejo receber um pedido como se de uma ordem se tratasse, quero ter algo na minha boca, em minhas mãos, quero dar prazer, quero sentir o prazer vindo do outro lado.







Quero poder soltar minhas mãos e procurar pelo teu corpo. O orgasmo acompanhado da dor e vice versa são sublimes e intensos. Poderia ficar por horas falando sobre estas duas sensações magníficas, mas basta apenas dizer que: - “A dor que me causastes acompanhada das lagrimas que rolaram de meus olhos eram de prazer, um prazer que não sei descrever, um prazer antes nunca sentido, nem imaginado, um prazer que superou todos os já sentidos e proporcionados antes”. As marcas que ficaram em meu corpo servem agora para me recordar que algo sublime e inebriante já foi me proporcionadas. São estes momentos que ficam gravados na nossa memória para sempre, para podermos melhorá-los, para recordá-los sempre que sintamos algum vazio dentro de nós. Apertar cada roxinho é outra sensação de extremo prazer, prazer ao recordar o que se vivenciou e é por isso que gosto quando me deixas a marca que meu corpo foi seu. E sua assinatura nele deixou.



Desejos Ocultos

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