sexta-feira, 21 de março de 2008

Fluidos



Deixe-me lamber tua lágrima.
Sorver todo sofrimento.
Banir toda tristeza salgada.
Das trevas do pensamento.
Trazendo teu sorriso de volta.

Deixa-me beber (...)
Envenenando-me consensualmente
Purificando-te de todo veneno.
Amarelo e fumegante.
O fel da tua uréia carregada.
Para aquecer meu espírito errante.

Deixe-me engoli (...)
Limpar tua vulva(...)
Tingida com sangue (...)
Repugnante vermelho sem alma.
Dejetos ácidos sem vida.
Como minha alma pervertida.
Preparo tua infertilidade.
Que vem em seguida.

(...)

(...)

Dê–me TODO teu gozo para mim.
Derrame na minha boca.
O fluido mais libidinoso.
Néctar sagrado da minha obsessão profana.
Cure-me com teu prazer divinal.
Levando todo o arrependimento
Desta minha vida cretina.

Assim terás meu corpo
Disposto a padecer pelo teu
Com tamanha devoção
Tua permissão para me seduzir
Matar e me prender para sempre

casto


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