domingo, 16 de março de 2008

Caçada

ele não tem medo de mim, me olha nos olhos. sabe que serei sua quando ele quiser e se aproxima lentamente, passo a passo. vejo-o sorrindo, divertido, quando me pega olhando disfarçada. me escondo pelas sombras da boate, a música me deixa mais segura. os segundos, poucos, de silêncio, fazem meu coração bater mais forte, minha buceta lateja antecipadamente. quase posso adivinhar seu pau por baixo da calça, ela coloca as mãos nele quando me olha. quase sinto cheiro e calor, minha boca quente deslizando enquanto ele me olha. ele gosta de ser chupado, gosta da sensação de poder, até mais que da boca no seu pau. gosta de agarrar cabelos, empurrar o pau garganta abaixo, até sufocar, libertando na última hora. ah, como deve ser delicioso engasgar nesse pau... deixar escorrer muita saliva e usar minhas mãos, delicadamente. minhas mãos pequenas se fecham involuntariamente, antecipando – ele está mais perto. oferece o que bebe, eu digo não. finjo não entender, não ouvir, quero palavras sujas no meu ouvido bem perto, e as mãos procurando meu corpo, aquele lugar secreto no qual os homens sempre se agarram. aquele lugar que ele acaba de achar, enquanto promete delícias no meu ouvido. sucumbo.

Lorelei

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