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vai, então!! mas é que dói... fere, machuca, dilacera, rasga, arranha. mortifica. deixa um vácuo(...) entre meus seios e braços, deixa um vazio inexplicável entre meus lábios e pernas, deixa uma vaga inconcebível entre minha morte e vida, deixa a marca indelével do nada, carimbada no meu eco. esfarela, parte, corta, fraciona. abre a pele num cortante vermelho. e sangra. mas aí... aí você vem, e o que era berro, sussurra, o que era grito, alenta, o que era bramido, aquenta. e eu me fragmento em pedaços tão seus... e me deixo ficar na tua pele, e te deixo sentir meu perfume, e te deixo sorver meu desejo, e me deixo estar nua, e tua. e aí... aí o que era choro e lágrima escorre do seu corpo e penetra em meu clamor como um bálsamo, um elixir. para sempre você, dentro de mim, e já não há mais dolorimento. nem cicatriz. porque não há nada mais calmante que o teu ir e vir, em mim, e não há nada mais abrandante que o meu venho e vou, em ti, e não há sangue que se destile mais que os nossos suores e sucos e salivas. porque não há dor maior que supere a tua grandeza, aqui; não há estigma algum que se sobreponha a tua sublimidade, aqui; não há mágoa qualquer que não sorria com você, aqui. porque seu ardor sempre me aquietou, e seu amor sempre me calou. e aí... aí eu esvaeço. umedeço. e emudeço. enjoy my silence.
Elise
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