terça-feira, 1 de abril de 2008

" Arrepio"


(...)
Fecho os olhos, inspiro. Sorrio.
É hoje. É hora. É agora...
Vou sair por aí...e com estas mãos tocar o amor, num toque de pólen para depois lembrar.
Hoje eu vou deixar...
Deixar que a pele grite...
Deixar que a pele queime...
Deixar que a pele arrepie...
(...)
Sorver a vida assim, numa taça de champanhe, na pressa de quem não quer acabar.
Na lentidão de todos os sentidos, num torpor... com a precisão do tempo, nem antes nem depois.
Ser carne, alma, corpo, ser suor, tesão, paixão, sangue, ser coração acelerado, ser ponte, ser rio, ser mar... ser travo a saliva, desejo, ser vontade, ser alfa e ser ómega, ser jogo e jogar, ser dama e ser eu... ser tudo e ser nada. Dar tudo sem nada dar.
(...)
Hoje quero que seja assim.
Sentir o arrepio, o vazio, todas as galáxias em mim...
É noite lá fora... e eu vou deixar.
Deixar que a paixão entre devagar.
É que penso que está há tempo demais batendo à porta, baixinho....



RAKEL30
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