sábado, 3 de maio de 2008

Gemido (2)






E lá estávamos, nos pegando no sofá.

A noite foi boa, a garrafa de vinho estava excelente, o que se seguiu foi inevitável. E nos beijávamos, hora com força, hora com calma. Minhas mãos procuraram seus seios, macios, firmes, grandes o suficiente para não caberem em minha boca. Mas eram uma delícia. Eu os chupava com gosto, passava a língua pelos mamilos, engolia, apertava, voltava para a boca e a beijava com com vontade.

Ela abriu minhas calças e pegou em meu pau com delicadeza. Lambeu devagar, olhou nos meus olhos e engoliu. Chupava com gosto enquanto me masturbava, as vezes parando um pouco para colocá-lo entre seus seios. Seguia com a espanhola, lambia novamente ainda mantendo ele entre seus seios e depois voltava a chupar.

Pedi para que ela sentasse no sofá novamente e abrisse as pernas. Me ajoelhei no chão e comecei a beijar aqueles outros lábios, tão gostosos quanto os da boca. Chupava tudo devagar, passava a língua em tudo. Prendia seu clítoris em meus lábios e a masturbava com o dedo. E assim fiquei até ouvir ela dizendo baixinho - Vem, eu quero você dentro de mim - e eu fui.

Sentei novamente no sofá e bati com as mãos na coxa, simbolizando o óbvio. Ela me atendeu prontamente, montou em mim e começou a se mover. Me apertou com força de encontro a ela e chegou sua boca perto de minha orelha. Seu gemido me dava tesão, começava baixo, uma respiração mais forte, uma expiração que saia pela boca. Depois mudava para um som produzido na garganta, indo e vindo conforme eu a penetrava. Não demorou para ele aumentar e se tornar presente.

Um gemido alto, constante, que pedia mais. Que me indicava quando queria mais forte. E eu atendia. O gemido me xingava, falava sacanagens, tinha voz de comando. E foi ele quem ordenou - Goza em mim, goza pra mim - e eu não agüentei o tesão de ouvir aquele pedido. Gozei, emitindo meu próprio gemido espasmódico, apertando aquela bunda sentada em meu colo. O torpor é imediato, mas eu não podia parar. Puxei sua bunda com as mãos, pedindo pra ela continuar.

E ela continuou. Rebolando, subindo e descendo, mexendo devagar e mudando o rítimo conforme sentia vontade. O gemido voltou ainda mais forte e mais rápido, ainda mais gostoso, pedindo cada vez mais eu dentro dela. E eu pude sentir seu orgasmo chegando, primeiro sua mão apertando meu cabelo, depois suas coxas se contraindo e por fim o som alto do gemido que alcança seu ápice liberando todo o tesão acumulado.

Seu rosto virado pra cima, seu quadril se mexendo lentamente e sua língua passando em seus lábios. Logo nada restava, nem do gemido, nem do orgasmo.

Só dois corpos nus sonolentos e suados.



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